Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, a gigante do streaming de música, Spotify, anunciou uma redução significativa em sua força de trabalho, cortando cerca de 17% dos funcionários, o equivalente a aproximadamente 1500 empregados. O CEO da empresa, Daniel Ek, atribuiu a decisão à necessidade de alinhar o Spotify com metas futuras e garantir que a empresa esteja dimensionada corretamente para os desafios que se aproximam.

Ek enviou um e-mail aos funcionários explicando a decisão, destacando o impacto econômico global nos últimos dois anos e o aumento nos custos de capital como fatores-chave. Ele mencionou que o crescimento econômico desacelerou significativamente, e a Spotify, assim como outras empresas, não é uma exceção a essas realidades.

“Ser enxuto não é apenas uma opção, mas uma necessidade”, afirmou Ek no comunicado. Ele reconheceu que a decisão resultaria na partida de muitas pessoas talentosas e dedicadas, mas enfatizou a importância de tornar a empresa mais eficiente e focada para alcançar seus objetivos.

Os cortes não foram detalhados em termos de departamentos ou localizações geográficas específicas, deixando muitos funcionários preocupados com a incerteza em relação aos seus empregos. A empresa também não especificou se essas demissões afetariam escritórios em toda a Europa, EUA, Canadá, México, Israel e Índia.

Esta não é a primeira vez que o Spotify implementa demissões em larga escala. No início do ano, cerca de 600 funcionários foram dispensados, seguidos por mais 200 em junho. Alguns funcionários já antecipavam essas demissões, apontando para sinais internos, como a ênfase recente na mobilidade interna e medidas mais rigorosas de segurança de dispositivos.

A empresa afirmou que a decisão de quem seria demitido foi tomada pela liderança, com base em uma combinação de fatores, incluindo design organizacional, eliminação de duplicação de funções e otimização para o próximo capítulo do Spotify.

Os funcionários impactados receberão pacotes de compensação, incluindo cerca de cinco meses de salário e cobertura de saúde durante o período de compensação. Aqueles que permanecerem na empresa enfrentarão mudanças na forma como trabalham, conforme a empresa busca se tornar mais eficiente e orientada para resultados.

O CEO Ek convidou os funcionários a se juntarem a ele em uma sessão chamada “Unplugged” na quarta-feira, onde discutirão o caminho a seguir e como a empresa se reinventará para enfrentar os desafios futuros.